28 junho 2011

A cigana

Menina levada
Peralta e faceira
Andava nas trilhas ciganas
Amava espiar

Com seus cabelos esvoaçando
ao vento, um sorriso nos lábios.
Enfeitada com belos adornos.

Seu sorriso puro e singelo
A todos encantavam.

Quem hoje é essa menina?
Será que ainda é bela?
Ainda tem sua alma cigana?
Ainda vive se nela?

Doce menina é
Mas também uma bela mulher
Seu espírito vive a bailar
Nos pensamentos de muitos
Sua alma livre voa
Seus lábios um hino entoa
Seu coração canta o amor cigano
Embalado pelo som do violino.

Doce menina mulher
Seu corpo preso está
Mas, o que é um corpo.
Se o pensamento pode voar?

Escreve-te no coração das pessoas
Deixando as palavras voarem
Fala-te de amor, amizade e ternura.
Quando tudo que queria era
Ter alguém que te amasse!

Abre teus braços ao vento
Senta-te na mureta da ponte
Mergulha teus olhos nas águas
Para ver seu reflexo a chorar.

Ergue-te menina mulher
Enxuga as lágrimas e se vai
Canta uma melodia
Dança para se alegrar
Lá se foi à tristeza
A alegria veio morar...
Ninguém te conhece
Neguem sabes teu nome
Você sempre será uma luz
Para muitos
Que não podem enxergar.

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